quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Do lírio

É aquela menina, a garota forte,
 Que antes era o lírio verde, e que agora já não o é.
Talvez ela metrifique a dor da distância,
 Que a separa daquele que acalentava as suas pétalas.
 Pétalas que agora se desmantelaram
Por falta do cultivo do seu amor lírio.
Talvez ele volte como voltam às flores a ressurgirem, após outono?
Ou talvez lírio, esse inverno que gélida tua seiva nunca terminei.
É um teorema difícil, talvez nunca compreendido:
Esperar mais uma vez em meio esse tempestuoso inverno
O raiar do teu sol, ou mortificando prosseguir sem não mais tê-lo,
Semeando o que te restou desse amor em outra terra?
Lírio lírio, mesmo que morras e tuas pétalas se defasam em solo,
Tua semeadura jamais morrerá, logo sugiras, e novamente sereis
O lírio mais amando de quem a ti plantar, em seu coração...

Nk

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Soneto à Formosa

Eu tenho você escondida no
 Recôndito mais profundo do meu coração.
Tu não me erras quando me olhas, e eu no
Entanto, me perco dessa vida, só para olhar-te.
A lua é ofuscada quando tu destilas
Teu sorriso, e as estrelas perdem-se
Todas em tua face, porque és formosa.
Nem que houvessem tantas outras tão belas
Nesse mundo, ainda sim tu serias a maior
Entre estas, de formosura inigualável.
A terra te venera, o mar se curva
E as nuvens permanecem inertes quando caminhas.
Dando-te estes versos, vejo ainda que faltam tantos
Outros que te possam traduzir, ó formosa.

Nk